quarta-feira, 25 de junho de 2008

A Prosa do Mundo

A prosa do mundo

As...

Coisas...

Podem ...

Ser...

Mais...

Que...

Coisas...


Aqui e agora as “coisas” ganham aspas

E desfazem-se mutuamente


Toc toc...

Toc...

Toc toc toc..........


No vácuo das coisas

Vem agora um ar de sabor exótico

Que de igual não tem mais do que tinha.


Perde a vez e, no máximo, trilha pelo diálogo ao que se assemelha.


O nada das coisas passa a falar por si

E as pré-coisas reaparecem viçosas

na atualização que lhes é própria.


A corporeidade ganha sentido

do próprio que quase sempre é,

mas nunca pontua sua chegada.


Sobram as pegadas apagadas

do que passa e refaz o campo possível das impressões.